foco minhas borboletas.
“Vomitou pelas costelas o ódio que guardava do mundo, num ritmo já conhecido, tão monótono e curto, poderia fazê-lo por horas e não derramaria uma lágrima sequer, doentia obsessão doma a visão de mundo dela, livrando-se da dor do mundo da forma mais horrenda que se achou, os traumas de infância juventude e morte misturados com odor dos poucos restos alimentícios, essa escrota forma de se aliviar é a doutrina dela, clique clique, o som da câmera que se acostumou a vê-la nas mais precárias situações a fotografou outra vez, uma doente, com as vulgaridades á mostra e a inocência de um pecado exposto, dê a descarga, dê a maldita da descarga, e perceba o que faz, talvez mais doente que ela seja eu, aquele que a observa, essa ninfeta desesperada escondida por trás de uma doença psicótica, que a força, mutila, e a faz sorrir, mostrando os ossos cobertos de pele e a dor escondida nos olhos caramelados, mais doente que ela sou eu, que a não salvo, aquele ignorante que deveria parar de clicar e impedi-la de vomitar, segurar aquele rosto frágil e implorar por misericórdia, mas meu sangue está petrificado - então, eu só olho, e fotografo. Que doente sou. Afinal, parte da sociedade sou - E ainda não consigo me mover para salvá-la.”
- Invernos, O fotógrafo de Berlim e a doente.
uma frase pra refletir:
UAU, ME ARREPIEI
ResponderExcluirAdorei !! Se eu tivesse seguido dieta a um ano atras estaria bem melhor do que estou hoje!
ResponderExcluirCriei um blog borboleta, me faz uma visitinha...
http://luisamia.blogspot.com.br/